quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mania de você

Que mania idiota de criar uma expectativa besta muito maior. De pensar que tudo vai ser um sonho encantado. Um conto de fadas. Mania de pensar no príncipe chegando, em um cavalo branco, com seus cabelos reluzentes. E que mania de chorar depois, lágrimas que não afogam as tristezas. Que não diminuem o sofrimento. E que trazem mais dor. Que mania de querer ser infeliz.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Comportamento

A felicidade nada mais é do que a soma de momentos bons. Quando se vive tendo esses momentos, vive-se uma vida feliz. Mas acho que a questão real, muito mais do que um conceito teórico de felicidade, é: como ter tantos momentos bons? Se precisamos trabalhar 10 horas por dia, se ganhamos pouco, se nosso trânsito é estressante, nosso chefe mal humorado e nossa esposa é frígida? Se precisamos de roupas novas para estar na moda e nosso salário não vence, se sonhamos com um manequim 38 mas não conseguimos sair do 44, se nosso marido só pensa em futebol e cerveja e esquece de lavar a própria cueca? O segredo, meus amigos, é aprender a desfrutar os pequenos momentos e vivê-los como se fossem os tais 'bons momentos'. Sim, aos que pensam que isso está embasado em algumas teorias psicológicas, não se engana. Na verdade o problema de nossa vida não é o problema em si, e sim a forma que o encaramos. E a felicidade é a mesma coisa. Importante prara ser feliz não é ter uma família de propraganda de margarina, uma conta poupança recheada e o melhor emprego do mundo, e sim encarar nossa vida muitas vezes medíocre, nossa família muitas vezes disfuncional, nosso salário muitas vezes modesto e nosso emprego, muitas vezes cansativo, de uma forma positiva. E a partir daí extrair o que de melhor que a vida pode nos oferecer. E aí é relaxar e gozar, porque dessa vida, meu chapa, ninguém sai vivo mesmo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma noite solitária

Ah.. paixão. Como eu queria me apaixonar perdidamente.
E perder os sentidos, a razão, a vergonha.
Perder a alma, o juízo, o destino.
E no ócio de agora, olhando perfis apaixonados em facebooks alheios, me invado de inveja.
Quem me dera, eu, estar apaixonada. E ser correspondida....

domingo, 15 de maio de 2011

André e seus formatos

Agumas latas de cervejas jogadas e alguns tocos de cigarro no cinzeiro. Não tenho chuveiro nem camisinhas. Não tenho sofá. Tenho um colchão no chão e um laptop com pouca utilidade. Tenho Luz. Mas o básico não basta, infelizmente. Preciso da tecnologia. Preciso do amor. Não quero mais cerveja, cigarro, laptop sem acesso a internet. Eu quero um chuveiro decente, um pacote de camisinhas, um sofá charmoso e um mar de tecnologias. E amor, muito amor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nirvana

É estranho que alguém que tão pouco conheço possa dominar tanto meus pensamentos. Volta e meia ressuge seu jeito, seu cabelo, seu sorriso. Sua voz, seu braço, seu abraço. E me pego pensando de novo como queria tê-lo aqui comigo. Que esse dia chegue muito antes que o esperado. E que tudo seja mesmo como me parece ser...


Escrito em 24 de abril de 2011 5:59

sábado, 30 de abril de 2011

Na Natureza Selvagem

Agora tenho um CID: Viver só. E hoje, também um outro: insônia. Já são dois motivos suficientes pra voltar a escrever e reativar esse diário virtual. Mas não é só isso: é um mundo de pensamentos que surgiram, estimulados por um filme um tanto quanto libertário e pela solidão inerente a qualquer noite. Estou conhecendo meu próprio mundo, estou vivendo meus jeitos, meus pensamentos, minha manias. E a alegria do sonho realizado se confunde com um mar de sentimentos que vem e vão como ondas. Eu sei que esse é um grande passo, mas eu preciso de mais...


“A felicidade só é verdadeira quando é partilhada”

Escrito em 24 de abril de 2011 5:51

terça-feira, 5 de abril de 2011

Efeito e reação

Eu tenho a impressão que se eu não tivesse o medo bem estaria melhor.
Mas o medo nada mais é do que reflexo do que passei e das experiências que vivi.

Aos 15 eu não tive medo. Aos 20 eu tive receio. Aos 24 eu morro de medo.

E quem sabe, dessa vez, a vida me mostra que eu fui idiota em me precipitar.
E que poderei esquecer das vezes que, por falta de medo, sofri demais.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O ciclio se fecha. E recomeça.

Estou bem triste. Vejo que não consigo elaborar esse luto.
4 anos deveria ser tempo suficiente. Como pode não ser??

E lá vem o psicodália de novo. Dias para esquecer dos problemas.
4 dias para ser feliz como eu gostaria de ser o ano inteiro.

E a lista de novo...

*DO LAR
-Barraca
-Saco de dormir
-Colchonete
-Cobertor
-Lanterna (com pilhas!)
-Lona
-Cadeado (para garantir a integridade das suas coisas)

*DO CORPO
-Camisetas
-Bermudas
-Calça
-Casaco (vai fazer frio, tenha certeza)
-Roupa Íntima
-Chinelos / Sandálias / Tênis
-Roupa de banho
-Cartucheira / pochete

*DAS MULHERES
-Escova de cabelo
-Elásticos de cabelos
-Absorvente
-Manual de Massagem Tailandesa

*DOS HOMENS
-Lâmina de barbear
-Espuma de barbear
-Kama sutra

*DAS GARANTIAS
-Comprovante de depósito
-Ingresso
-Dinheiro
-Autorização para viagem assinada pelo papai, caso seja menor de idade.
-Documento de identidade, comprovando que você seja deste planeta.

*DA LIMPEZA
-Toalha de banho
-Sabonete
-Desodorante
-Escova e pasta de dente
-Protetor solar
-Repelente
-Detergente
-Chapéu
-Óculos escuros
-Papel higiênico

*DO ROCK’N ROLL WAY OF LIFE
-Camisinhas
-Cigarros
-Bebidas diversas
-Outros
-Fazedor de fogo
-Cachaça artesanal de sua cidade
-Instrumento musical

*DAS DIVERSÕES
-Bolinha e taco
-Jenga
-Baralho de truco
-Baralho normal
-Dominó
-Dados
-Outros

*DA ALIMENTAÇÃO
-Bolachas doces
-Biscoitos salgados
-Doces doces
-Salgados salgados
-Prato
-Talheres
-Copo / caneca

*DOS DESCARTÁVEIS
--MP3 player (vai ouvir aonde? Na excursão? Oras, vais perder a oportunidade de já conhecer -pessoas logo na primeira oportunidade?)
--Colchão Inflável (Dá trabalho pra encher, dá trabalho pra cuidar de não estourar, dá trabalho para dormir quando está quente... É melhor nem se estressar)
--Muita roupa (Estética e culturas de massas só são apreciadas nos grandes centros.)
--Máquina digital (A não ser que você saiba o que está fazendo e já o tenha feito antes, é melhor não se arriscar)
--Celular (Pra quê? Pra mamãe ligar? Pra saber que horas são? Pra ligar e pedir uma pizza? Desnecessário, não? A melhor coisa é passar esses 5 dias longe de todas as tecnologias!)
--Relógio (Coma quando der fome, durma quando der vontade, acorde quando puder... Tudo fica mais divertido!)
--Capa de chuva

*DA CONSCIÊNCIA
-Sacos plásticos
-Remédio para: alergia, dores, azia.
-Um cantil com água (garrafinhas já ajudam!)

*DICAS
--Sacos em tudo, antes de sair de casa, embale tudo o que pode molhar em sacos plásticos. Assim, quando chover, em qualquer ocasião, você se salvará. É uma coisa que dá pouco trabalho e pode salvar sua vida. (*Não inaugure plástico... Reaproveite as sacolas de supermercado já utilizadas...)
--Dor de cabeça – A dor de cabeça na ressaca é causada pelo consumo de seu organismo da água contida no seu cérebro. Os remédios são piores do que uns bons litros de água.
--Canga – Para as tardes de sol, para as noites de lua, para as madrugadas de porre...
--Papel e caneta – Deixe na barraca! Nunca se sabe quando vai precisar de um para anotar telefone, sinalizar sua barraca, etc...
--Velas – Podem ajudar em uma iluminação simples ealem disso, se for de citronela, espanta mosquitos.
--Água – Ter um galão de 5 litros de água salvará sua vida as 9 da manhã de um dia de sol. Só mantenha ela fora da exposição do sol!
--Livro – Caso seja um amante da leitura, o Psicodália é um lugar inspirador
--Limpe em baixo de sua barraca antes de montar!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

universitária

Eu passava o dia inteiro no hospital. Biblioteca, lancheria, sala de aula, centro acadêmico, ambulatório, emergência. Cansei de almoçar no refeitório, conhecia cada macete da prescrição eletrônica usada na enfermaria, cumprimentava os funcionários da faculdade. E quando imaginava como seria minha vida longe de lá, já era invadida por uma saudade premeditada. Não me imaginava um dia sequer passando longe do hospital, do centro acadêmico. Longe das conversas com o tio do xerox, dos papos infindáveis no DA, dos assuntos nos corredores, das discussões sobre casos clínicos complexos. Ainda lembro de como falava "Não sei como vai ser minha vida sem isso aqui.". E agora, 1 mês trabalhando em outro local, longe de tudo e de todos, pela primeira vez eu lembro que deveria estar sentindo saudade. E por mais que tanto tenha achado que sofreria por causa da distância, hoje estou feliz, pensando no futuro e deixando pra trás tantas coisas boas.
Afinal o passado, infelizmente, não volta.

E o presente pode ser ainda melhor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Durma bem.

Cheguei bem cansada. Havia passado o dia sonhando com meu travesseiro fofo e minha caminha bagunçada. Durante o dia inteiro tudo que eu mais quis foi chegar em casa e repousar minhas medeixas, esquecer os problemas e dormir o tempo que me conviesse. E foi isso que fiz. Botei o pijama, relaxei e deitei. Mas não consegui dormir. Os problemas voltavam, estantaneamente, (e totalmente alheios à minha vontade) a meus pensamentos. A cabeça não parou quieta, aprontou, vôou, entresticeu, questionou. E em meio a tantos questionamentos, tantas questões que parecem não ter fim, resolvi levantar.
Lavei louça, roupa, limpei o quarto. Li algo, vi TV, procurei apartamento no jornal, reli e-mails, pensei sobre o findi, usei o telefone. E quando me dei conta já passava da hora de dormir. A cabeça, agora, mais quieta. Ocupada, conseguiu deixar os entraves de lado. Não só o quarto, mas, às 23h, a vida parece mais arrumada. Seja porque algumas coisas estão mais claras, ou seja simplesmente porque agora sim está na hora de dormir. E dessa vez nada, nenhum pensamento ambivalente, confuso ou melancólico, vai tirar meu sono.
Boa noite.



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O tempo parou.

Entender a cabeça humana é coisa mais complicada. Eu penso, penso. Pondero, reflito, e não saio do lugar. Não consigo entender como surgem os preconceitos e como se sedimentam, tão profundamente, na cabeça daqueles que justamente deveriam estar abertos a diversidade. Racismo, homofobia, xenofobia, machismo. Isso não traz nada de bom à nossa sociedade, só reforçam a segregação, a guerra e a intolerância. E eu preciso aceitar que nem todos estão em 2011. Tem gente que parou no tempo e que ainda pensa como meus bisavós, gente que não evoluiu nem um pouco. Triste, muito triste.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Brilho eterno de uma mente com lembranças

O prazer de um dia bom vai embora quando lembro dele.
Se pudesse apagava toda essa história de fantasia que inventei há 8 anos.
Apagava tudo da memória.
Não faz mal que não ia lembrar mais dos momentos bons.
Esses já não tem valor, afinal, recordá-los, só traz mais dor.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Medo

Comecei a ler a coluna dominical do Paulo Sant'ana. Como de costume, nem cheguei a terminar. Ele falava do medo que sente diariamente na hora de dormir. Que eventualmente perde o sono por causa de tal sentimento e que gostaria que, compreendendo a inexorável importância do medo pra perpetuação da espécie, tal agonia viesse visitá-lo em frequencia esporádica, e não rotineiramente como de costume. E por um acaso do destino me vejo assim: 1 e meia da manha. Já deveria estar dormindo, me preparando pra mais um dia comum de serviço amanhã. Mas não é: é o primeiro dia de uma responsabilidade que resolvi assumir. Não sentir medo seria quase uma afronta à realidade tão difícil e complexa. Eu sei, é natural e totalmente compreensível o que estou sentindo. Mas não deixa de me fazer sentir triste, agoniada e aniosa.
Eu só não queria era perder o sono por causa desse sentimento chamado medo...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Limpei

De tempos em tempos precisamos parar tudo que estamos fazendo para fazer uma arrumação. Doar roupas que não usamos mais e o pior, jogar fora papéis velhos que, no meu caso em especial, tem mania de se acumular por todos os lados. E como eu me apego a tudo que me pertenceu, costumo deixar essas arrumações sempre pra amanhã. Não tenho a mínima vontade de jogar fora o meu passado. E assim, sempre deixando para amanhã, empurrando os papéis (em pilhas) para dentro de armários, para o canto do quarto, para onde quer que haja um espacinho, esperei 6 anos para criar coragem e simplesmente jogar tudo fora. Sim, a alegria do papeleiro. Hoje é um o diao de desfazer-se daqueles sonhos que ficaram lá atrás. Resumos de anatomia, livro de neurociência, pastas da Unimed, da Roche e de mais trocentas industrias farmacêuticas. Lembranças de congresso em que me sentia tonga porque tinha um lacre de “Não prescritora” no crachá, e que corria atrás dos promotores para ganhar algum livro besta que nunca iria ler. Lembranças de aulas que pouco entendia, mas anotava tudo com a idéia de que um dia voltaria a ler. Lembrança de um curso integral, que me tomou todo o tempo, e que me fez sempre muito feliz.

Em momentos também tive que jogar fora lembranças de amores passados, cartas, rescunhos, poemas, recordações. Desenhos rabiscados, anotações idiotas. Tudo, tudo fora.

E com a casa limpa, sem mais papeleira amontoada juntando pó e trazendo o passado à tona, sei que posso seguir adiante. Num outro canto, não mais à sombra do passado. Só quero o futuro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Like 06

Entrar no msn e procurar, incessantemente, a presença dele me remete há 2006. Quatro anos se passaram e um simples erro pode ter feito com que o tempo voltasse atrás. Se um dia a dor e o sofrimento se repetirem, então, não haverá outro culpado além de eu mesma. Cada um escolhe o peso que consegue carregar nas costas e eu decidi, certa vez, que não traria mais essa dor comigo. Mas naquela noite, regada a cerveja e música eletrônica, cercada por gays insanos, me rendi mais uma vez à minha paixão. E triste queria esquecer, de uma vez por todas, que tal noite existiu.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

On the road...

"Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão."

(In)Sensatez

A emoção que sente uma menina de 14 ao festear com uma grande amiga, ao fumar o primeiro cigarro, ao se apaixonar, definitivamente não é a mesma emoção que sente a mulher de 24. O tempo faz com que as coisas tornem-se banais, as emoções torma-se maduras e o sentimento, bem mais sensato. Apaixonar-se: pelo cara certo. Levar um pé: nada de mais. Cigarro: só mais um. Festa: só mais uma. Talvez seja porque aos 24 aquilo que faz com que a gente pire são coisas totalmente diferentes. O primeiro emprego, primeiro salário, concluir a faculdade, entrar no mestrado, fazer amizades verdadeiras, ajudar alguém que esteja precisando. Isso emociona muito mais do que aquelas futilidades que emocionavam a pré-adolescente. E hoje não mais adolescente, mais ainda jovem. Trago em mim muitos sonhos, mas nem tanta emoção.