terça-feira, 23 de novembro de 2010

Um momento um tanto quanto peculiar

Realmente. Um dia caímos na real que as coisas que tem valor de verdade tomam conta da gente, e paramos de nos preocupar com besteiras mundanas (coisas como 'perdi o show do Paul').

E na correria (ou no ócio) pré formatura eu desejo nunca mais ter que passar por isso. Pensar em vestido em cima da hora, convite que desconfigura e não posso mandar imprimir, detalhes da festa, organizar a missa (quem mandou entrar na comissão???) são só alguns dos estresses inerentes a esse período.

Período que devia, na verdade, ser isento de tudo isso. Não é.

Para me acalmar fico sonhando como será se tudo der certo. Olho meu currículo, acredito nele.

E tento acreditar que um dia vou pular de alegria e pensar 'sim, deu tudo certo....'

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Homem primata

A culpa é proporcional a pressão.

Quanto mais nos pressionam e nos obrigam a sermos belas, saradas, magras e bem cuidadas, mais a gente sente mal estar por termos gazeado a academia, por comermos aquele pedaço de torta de chocolate ou por deixarmos as unhas para depois de amanhã.

Quanto mais a sociedade nos obriga a sermos produtivas, inteligentes, atualizadas, mais a gente se cobra e se sente mal por não estudarmos tanto quanto poderíamos, não nos dedicarmos ao trabalho, estudo, tanto quanto deveríamos.

Afinal, fica a pergunta se a culpa é proporcional às cobranças.

Será que é por causa da culpa que malhamos, que fechamos a boca, que estudamos ou trabalhamos direito?

E é certo?

Não seria melhor se a gente se dedicasse aos esportes porque praticá-los é prazeroso?

Se estudássemos porque gostamos de absorver conhecimento?

Se trabalhássemos mais porque compreendemos que a nossa produtividade poderá levar a sociedade a avançar?

Será que isso nada tem a ver com os altos índices de depressão que permeiam nossa sociedade? Ou com o fato da síndrome de burnout ser a terceira maior causa de afastamento de trabalho no ano de 2009?

Esse é o mundo que queremos?

Podemos fazer algo para mudá-lo? Melhorá-lo?

Ou, como sempre, vamos baixar a cabeça e nos adequar a essa sociedade egoísta, individualista e selvagem?

Um novo passo, uma nova vida.

Cansei de tudo.

Sim, essas coisas do passado me cansam tanto que eu não tenho mais saco.
Orkut, facebook, twitter.
Conversas no msn.
Eu perdi a vontade de tudo isso.

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"Me mato pra não morrer".

Como diz a música: me mato.
Sonho com o amanhã, com dia 14 de novembro.
Fim da morte e início da vida.
Chega logo, chega!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Show da vida

Eu estava bem chateada. Não havia ido no show do Paul.
Sim, foram por motivos financeiros. Mas devo confirmar que se houvesse me empenhado talvez conseguisse emprestado um trocado pra ir. Mas não fui.
Até que me dei conta: faltam 5 dias pra eu fazer uma prova que vai definir meu futuro.
Falta 1 mês e pouco pra eu me formar em um curso que preencheu 6 anos de minha vida.

Eu tenho que me dedicar, isso que importa.

Ficar triste porque perdi um show? Que besteira, tem coisas bem mais importantes nessa vida.

Como a prova, que vem aí semana que vem.
E que venha bem.

sábado, 6 de novembro de 2010

Família

Nunca ninguém falou que viver ia ser fácil.
Não é.
A vida é com uma corrida de obstáculos. A gente não pode parar de correr nunca senão é desclassificado, e o tempo todo tem uma barreira que nos exige um esforço ainda maior que o habitual para seguir na disputa.
Por alguns obstáculos até podemos desviar, mas pela grande maioria somos obrigados a passar, e mesmo que a gente o derrube vez ou outra, precisamos dar a volta na pista e passar, de novo, pelo mesmo obstáculo.
E que barra.
Enchendo os olhos de lágrimas parece que as forças se renovam.
E eu sigo adiante até que consiga, de uma vez por todas, passar por essa barreira e consiga viver sem mais esse problema em minha vida.