quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A vida continua, sempre.

- Eu queria aproximar voçês. Ele disse.
- Ás vezes, a gente precisa se afastar de certas pessoas. E não se aproximar. Respondi, triste.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O que quero pra sempre

É bem estranho ficar sem internet ou sem celular. E fico imaginando como conseguíamos combinar encontros sem um tal de orkut, msn. Como conseguíamos nos achar no shopping ou na redenção sem o celular. O ser humano era adaptado a viver muito bem sem isso. Hoje não vive mais. Não sabe mais viver mais sem carro, TV ou shopping center.

E quando ganha alguma coisa, deixa de lado outra. Deixamos pra trás os bons momentos ao lado de amigos, sentados na grama e ouvindo violão. Os momentos sem fazer nada, falando besteira e rindo a toa, com as pessoas que mais gostamos.

E quando esquecemos, por alguns segundos, que existe internet, tv, celular e essa porra toda, e conseguimos nos entregar novamente a tão bons momentos ao lado dos que gostamos: como é bom, como é bom! Um domingo ressacoso e inesquecível. Mais um.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Capital do Inferno

Sexta!! - Escreveu uma colega no face.
Pena que a gente tá em porto alegre...e não tem nadaaa pra fazer ! - completou uma outra, que não conheço.

Eu quis me meter: Como assim, não tem nada pra fazer??
Tem tanta coisa que eu quero fazer: cinemas, porto alegre em cena, shows de todo tipo, bares, amigos, cervejas.
E eu aqui em casa... estudando. Quero o mundo que me aguarda. Lá fora.

Em Porto Alegre ou em qualquer lugar, quem sabe viver sempre acha o que fazer.

Ps: Mas que esse tempo tá um inferno, hei de convir ;)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O nosso amor a gente inventa.

Sua sorte do dia (24 set)
-Privado
A melhor maneira de prever o futuro é inventar

Hello Strange.

É estranho.
Estudar pra uma prova que eu nem sei se eu quero fazer.
Acreditar num futuro melhor sabendo que de melhor vai ser quase nada.
E querer que chegue dezembro mesmo consciente do buraco em que vou me enfiar.

Estranho é ser um boi, que acompanha a boiada sem pensar.

Que vive sem sofrer e que casa sem amar.

Eu quero casa mas não quero casar.

Só quero coragem e força de vontade pra lutar pelo que quero de verdade.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O consumismo de cada um

Em meio a essa febre capitalista que estou vivendo – de acessar diariamente sites promocionais como Peixe Urbano e afins – me deparei com um utensílio um tanto quanto bizarro. Um embaralhador de cartas pela bagatela de 23 reais. É sério, barato mesmo. 23 reais por uma máquina super moderna que embaralha as cartas!

Aí fiquei pensando... quem diabos compra um embaralhador de cartas! Qual a graça de jogar cartas se nem embaralhar mais a gente embaralha?

Pois é, as pessoas são diferentes mesmo. É incrível, mas tem gente que gosta de ir em boate 5 estrelas pra fazer social pros colegas de faculdade. Ou pra tentar achar um marido. Tem gente de todo tipo que a gente nem imagina, tem até aqueles que compram um ebaralhador de cartas só porque tá na promoção.

No fundo eles sabem, nunca vai sair da gaveta.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu não devia ter saído da cama.

O coração estava acelerado e o tempo não passava. Apesar de estar andando a 80km por hora, parecia que o ônibus se arrastava. Cada sinal vermelho, uma aflição. Cada amarelo, que ele acelerava e passava na loucura, um suspiro de alívio. E quando chegue lá e a encontei, enfim uma alegria.
Mas eu já devia ter suspeitado que nada podia ser tão bom quanto parecia. Ou quanto eu gostaria. E sair batendo a porta sem despedidas pode parecer coisa de criança. Mas na verdade não é. É só uma forma de desabafar pro mundo a dor que carrego comigo.



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Como pode uma ferida cicatrizada
Doer tanto após 4 anos
Isso vai contra a fisiologia!
Ou será que tinha, na cicatriz
Mais colágeno que fibrina?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A casa do lado

Conheço cada nuace de sua voz grossa e rouca. O timbre, mais alto do que eu gostaria. Um convívio péssimo com sua mãe, que eventuamente o visita. Não sei se ele vem usando drogas, ou se seu comprtamento sempre foi assim: beirando o anti-social. Quando ela chega, com um rancho e supermercado, ele esculacha.

- Se eu quisesse nissim, comprava. Diz ele. Eu preciso é de dinheiro. Sai daqui, sai daqui.

Pude conhecer, também, a forma maldosa que tratava a Silvia, namorada. De vagabunda para baixo, não faltaram adjetivos para qualificá-la.

Ela não queria mais ele, esse era o problema. Mas eu entendia perfeitamente o porque.

Seu dia a dia é no computador, quieto, até que chegue alguém para tirar seu sono. Até que venha alguém lembrar de sua vida de raiva e inutilidade.

E quando isso acontece o bairro inteiro já sabe do que se trata.

Nunca vi seu rosto mas conheço como se fosse um amigo. Ou um inimigo.

E com um vizinho assim não preciso mais de problemas.

sábado, 11 de setembro de 2010

99

Felicidade nada mais é do que perceber que alcançamos aquilo que almejávamos por esforço próprio. Perceber que deu certo.
E hoje faltam 99 dias, e estou conseguindo fazer aquilo que me propus.
E estou, enfim, muito feliz.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Meu primeiro amor

O amor veio cedo demais.
Matou a sede pueril, saciou a alma insaciável, tornou plena a rotina.
E eu gozei do mais intenso viver. E dediquei me a tal amor, sabendo a dádiva que era experimentá-lo.
E sempre amei com tal intensidade que sabia quão difícil seria revive-lo. E fui feliz.
E um dia, passado tempo após findado o romance, tentei acreditar que na verdade eu viveria, com outro alguém, em outro momento, sentimento semelhante.
Tentei sonhar que aquele passado tão distante um dia voltaria a ser realidade.

E hoje vejo como fui inocente.

Perdi a juventude, o amor, e a esperança.
E junto, perdi até, a inocência.



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Só a noite.

Solidão não estar só. Tampouco estar só no meio de umonte de gente, como diz o ditado.
Solidão é uma tristeza, um aperto no peito, que vem acompanhada da falta de alguém.
Falta de um familiar que apoie, falta de um ex namorado, falta de amigos. Falta de alguma companhia qualquer que faça com que nossa cabeça não pense.
Porque quando pensamos nos damos conta do vazio inerente à existência humana. Percebemos que somos solitários desde o momento que nascemos até o momento em que morremos. A vida é unicamente nossa, quem pagará pelos erros será somente nós próprios.
E existe coisa que mais propicia a solidão do que ficar em casa sábado a noite, sozinha?
Eu penso em tanta coisa que não acompanho mais a mente, eu ás vezes me engasgo e me entristeço, e procuro coisas que me façam parar de pensar.
Não, eu só paro quando durmo. E é exatamente o que farei agora.

Texto escrito em 28/08/2010, às 21h.