O tempo insiste em não passar. Que estranho. Há tão poucos dias entrei pela primeira vez em uma sala de aula cheia de microscópios. Estava atrasada, como sempre, e não consegui assimilar uma palavra sequer que aquela linda e novata professora de microbiologia proferia, com seu sotaque pra lá de americanizado.
E como se realmente fosse ontem, eu lembro de tudo. Do medo – e que medo. Medo do inglês, das provas, de não me adaptar, de me perder ou mesmo de perder a oportunidade.
Mas o tempo passou. Lutei contra os medos e os venci, um a um. Deixei para trás a angústia, as dúvidas e a insegurança, e a cada dia descobri uma nova paixão, um novo sonho. E o tempo voou.
E agora, de repente, o tempo volta a se arrastar. Já sei, é ele de novo: o medo. E como eu queria ter facilidade para lidar com tantas perdas de uma vez só, tanta insegurança e tanto medo.
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